São comumente chamadas de “vespas do mar” ou “caixa de geléias” por causa da sua forma e picadas severas.
São complexas em sua estrutura:
- apresentam tamanhos maiores que a maioria das hidromedusas;
- manúbrio mais altamente desenvolvido;
- mesogléia que contém células;
- estômago septado, ou pelo menos um estômago com filamentos grástricos;
- órgãos sensoriais desenvolvidos;
- as gônodas são gastrodérmicas e os ovos, eliminados através da boca, desenvolvem-se em larvas planulares;
- após sedimentação, as plânulas desenvolvem-se em pólipos, que se alimentam e podem reproduzir-se assexuadamente;
- algumas espécies de cubozoários, o estágio polipóide transforma-se diretamente em uma medusa jovem.
Outra característica especial dos cubozoários é serem dotados de visão. Estes animais têm 24 olhos agrupados em conjuntos de seis e dispostos nas quatro faces que compõem o sifão do cubozoário. Cada um destes conjuntos tem dois tipos de olhos: fossas que detectam a luz (semelhantes às observadas nos outros cnidários) e olhos propriamente ditos, extremamente complexos e com a mesma estrutura que o olho humano composto por lente, retina e córnea
ESQUELETO: Possui esqueleto hidrostático, que são limitados pela parede corporal. São endoesqueletos. O corpo é sustentado pela água ligeiramente pressurizada no interior. Propele-se por contração muscular – enche-se de água, expelindo-a em seguida por contração muscular das miofibrilas, fazendo com que se locomova no ambiente. Os esqueletos hidrostáticos são maleáveis, deformando-se quando estressados, e voltando à sua forma original quando removido o estresse.
CAVIDADE GASTROVASCULAR: A cavidade gastrovascular (celêntero) é revestida por uma camada denominada gastroderme, que se assemelha a um trato digestivo e une a epiderme à boca. No celêntero, quatro septos eqüidistantes dividem-no, especializando-se em um estômago central a partir do qual canais radiais se estendem até se unirem a um canal circular marginal. As margens livres dos septos possuem um agrupamento de fios finos, os filamentos gástricos, com a extremidade solta de cada filamento se estendendo livremente no estômago. Estes filamentos gástricos têm nematócitos e células glandulares enzimáticas, que subjugam a presa e auxiliam na digestão. Um ramo do celêntero se estende em cada tentáculo.
A alimentação pode iniciar ainda nos tentáculos quando a presa é então segura pelas cnidas que injetam enzimas proteolíticas na presa. Uma vez no celêntero, células glandulares enzimáticas da gastroderme liberam enzimas, em particular , proteases que digerem extracelularmente até atingir uma mistura de sucos e fragmentos.
A mistura circula ao longo do celêntero para ser absorvida por células epiteliomusculares, células germinativas e outras células gastrodérmicas. O término da digestão é intracelular
Fragmentos grandes de alimentos são fagocitados, onde os lipídios e carboidratos são quebrados, em seguida, são digeridos intercelularmente, o qual dura alguns dias.
A fase extracelular da digestão é frequentemente completada em algumas horas e é seguida por absorção da mistura pela gastroderme que dura 8 a 12 horas.
O celêntero é multifuncional com papeis na digestão extracelular, circulação, excreção, reprodução e suporte por esqueleto hidrostático.
Material não digerível é eliminado pela boca.
Observações: Os Cubozoa eram anteriormente considerados membros da classe Scyphozoa, mas a presença de uma vela, a possessão de um tipo de nematocisto (estenotele) encontrado somente nos hidrozoários,a falta de uma margem de sino chanfrada e de ropálios são consideradas evidências de que não estão relacionados proximamente aos outros cifozoários e que devem ser colocados dentro de um classe separada. (RUPPERT e BARNES, 6ª. Edição
REFERÊNCIA
ANIMALCINCO. Pbworks. Estrutura corpórea das medusas.
< http://animalcinco.pbworks.com/w/page/13086633/Estruturta-corp%C3%B3rea-das-medusas> Acessado em 12/05/2011, as 20:21 hrs.
CAIS DE GAIS. O namoro das alforrecas.
GEOCITIES. Classe Cubozoa.
JENSEN, Johny (foto).
MAZZATENTA, Andre.. Una medusa sconosciuta Ulisse.sissa. <
RUPPERT, Edward E.; FOX, Richard. S.; BARNES, Robert D. Zoologia dos Invertebrados: uma abordagem funcional-evolutiva. 7ª. Ed. São Paulo : Roca, 2005.
WERNER, Bernahrd; CUTRESS, Charles E.; STUDEBAKER, John P. Life Cycle of Tripedalia custophora Conant (Cubomedusae). Nature 232, pg. 583-583 (20 Augustu 1971).
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