segunda-feira, 16 de maio de 2011

CUBOZOA

CUBOZOA: são Cnidários medusóides (medusa é a forma dominante e evidente), pelágicos, com sinos com quatro lados achatados. Margem do sino simples e portanto uma vela e quatro tentáculos ou grupos tentaculares. São encontrados tipicamente no oceano pacífico, em regiões tropicais neríticas. Alguns exemplares foram identificados em águas brasileiras.

São comumente chamadas de “vespas do mar” ou “caixa de geléias” por causa da sua forma e picadas severas.

São complexas em sua estrutura:
- apresentam tamanhos maiores que a maioria das hidromedusas;
- manúbrio mais altamente desenvolvido;
- mesogléia que contém células;
- estômago septado, ou pelo menos um estômago com filamentos grástricos;
- órgãos sensoriais desenvolvidos;
- as gônodas são gastrodérmicas e os ovos, eliminados através da boca, desenvolvem-se em larvas planulares;
- após sedimentação, as plânulas desenvolvem-se em pólipos, que se alimentam e podem reproduzir-se assexuadamente;
- algumas espécies de cubozoários, o estágio polipóide transforma-se diretamente em uma medusa jovem.

Outra característica especial dos cubozoários é serem dotados de visão. Estes animais têm 24 olhos agrupados em conjuntos de seis e dispostos nas quatro faces que compõem o sifão do cubozoário. Cada um destes conjuntos tem dois tipos de olhos: fossas que detectam a luz (semelhantes às observadas nos outros cnidários) e olhos propriamente ditos, extremamente complexos e com a mesma estrutura que o olho humano composto por lente, retina e córnea


ESQUELETO: Possui esqueleto hidrostático, que são limitados pela parede corporal. São endoesqueletos. O corpo é sustentado pela água ligeiramente pressurizada no interior. Propele-se por contração muscular – enche-se de água, expelindo-a em seguida por contração muscular das miofibrilas, fazendo com que se locomova no ambiente. Os esqueletos hidrostáticos são maleáveis, deformando-se quando estressados, e voltando à sua forma original quando removido o estresse.

CAVIDADE GASTROVASCULAR: A cavidade gastrovascular (celêntero) é revestida por uma camada denominada gastroderme, que se assemelha a um trato digestivo e une a epiderme à boca. No celêntero, quatro septos eqüidistantes dividem-no, especializando-se em um estômago central a partir do qual canais radiais se estendem até se unirem a um canal circular marginal. As margens livres dos septos possuem um agrupamento de fios finos, os filamentos gástricos, com a extremidade solta de cada filamento se estendendo livremente no estômago. Estes filamentos gástricos têm nematócitos e células glandulares enzimáticas, que subjugam a presa e auxiliam na digestão. Um ramo do celêntero se estende em cada tentáculo.

A alimentação pode iniciar ainda nos tentáculos quando a presa é então segura pelas cnidas que injetam enzimas proteolíticas na presa. Uma vez no celêntero, células glandulares enzimáticas da gastroderme liberam enzimas, em particular , proteases que digerem extracelularmente até atingir uma mistura de sucos e fragmentos.

A mistura circula ao longo do celêntero para ser absorvida por células epiteliomusculares, células germinativas e outras células gastrodérmicas. O término da digestão é intracelular

Fragmentos grandes de alimentos são fagocitados, onde os lipídios e carboidratos são quebrados, em seguida, são digeridos intercelularmente, o qual dura alguns dias.

A fase extracelular da digestão é frequentemente completada em algumas horas e é seguida por absorção da mistura pela gastroderme que dura 8 a 12 horas.

O celêntero é multifuncional com papeis na digestão extracelular, circulação, excreção, reprodução e suporte por esqueleto hidrostático.

Material não digerível é eliminado pela boca.

Observações: Os Cubozoa eram anteriormente considerados membros da classe Scyphozoa, mas a presença de uma vela, a possessão de um tipo de nematocisto (estenotele) encontrado somente nos hidrozoários,a falta de uma margem de sino chanfrada e de ropálios são consideradas evidências de que não estão relacionados proximamente aos outros cifozoários e que devem ser colocados dentro de um classe separada. (RUPPERT e BARNES, 6ª. Edição



REFERÊNCIA

ANIMALCINCO. Pbworks. Estrutura corpórea das medusas.
< http://animalcinco.pbworks.com/w/page/13086633/Estruturta-corp%C3%B3rea-das-medusas> Acessado em 12/05/2011, as 20:21 hrs.

CAIS DE GAIS. O namoro das alforrecas.
Acessado em 12/05/2011, as 18:07 hrs.

GEOCITIES. Classe Cubozoa. Acessado em 12/05/2011, as 19:32 hrs.

JENSEN, Johny (foto). Acessado em 12/05/2011, as 19:20 hrs.

MAZZATENTA, Andre.. Una medusa sconosciuta Ulisse.sissa. < Acessado em 12/05/2011, as 17:55 hrs.

RUPPERT, Edward E.; FOX, Richard. S.; BARNES, Robert D. Zoologia dos Invertebrados: uma abordagem funcional-evolutiva. 7ª. Ed. São Paulo : Roca, 2005.

WERNER, Bernahrd; CUTRESS, Charles E.; STUDEBAKER, John P. Life Cycle of Tripedalia custophora Conant (Cubomedusae). Nature 232, pg. 583-583 (20 Augustu 1971). Acessado em 12/05/2011, as 17:20 hrs.

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